Eu te encontrei na minha vida um dia / Num vestido de louca fantasia / Oh, cigana das tribos vagabundas / Os teus olhos cansados de cismar r508
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Ai, quanta amargura no meu peito / Não está direito, o que você me faz / Não tenho paz / Quanto emoção quanta aflição ingratidão
Você sabe de onde eu venho / De uma casinha que eu tenho / Fica dentro de um pomar ? / É uma casa pequenina,
O vale em flor… / A fonte, / O rio cantando, / O sol banhando a estrada,
A noite entra na agonia / E os primeiros raios / Na moldura do horizonte / Iniciam seus ensaios
Minha vida era um palco iluminado / Eu vivia vestido de dourado / Palhaço das perdidas ilusões / Cheio dos guizos falsos da alegria
A Bahia não dá mais coco / Para botar na tapioca / Pra fazer o bom mingau / Para embrulhar o carioca
A Deusa da minha rua / Tem os olhos onde a Lua / Costuma se embriagar / Nos seus olhos eu suponho
No rancho fundo, bem pra lá do fim do mundo / Onde a dor e a saudade contam coisas da cidade / No rancho fundo, de olhar triste e profundo / Um moreno conta as mágoas tendo os olhos rasos d’água
No dia da tua partida / Bem que adivinhei / Sentindo a cruel despedida / Guardei uma vaga esperança